Quando me mataram,
meu lado não verteu água nem sangue: eu me verti de mim por essa fenda,
escorri para a terra,
debaixo do gelo,
ausente.
(Alguém sabia: ela está ali, e isso era a tua voz na noite.)
E se houver um tempo de retorno, eu volto.
Subirei empurrando a alma com meu sangue,
por labirintos e paradoxos,
até inundar novamente o coração.
(Terei, quem sabe, o mesmo ardor de antigamente.)
Lya Luft
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