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outubro 15, 2009



Quando me mataram,

meu lado não verteu água nem sangue: eu me verti de mim por essa fenda,

escorri para a terra,

debaixo do gelo,

ausente.

(Alguém sabia: ela está ali, e isso era a tua voz na noite.)

E se houver um tempo de retorno, eu volto.

Subirei empurrando a alma com meu sangue,

por labirintos e paradoxos,

até inundar novamente o coração.

(Terei, quem sabe, o mesmo ardor de antigamente.)

Lya Luft

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