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outubro 23, 2010
























Às vezes, um punhado de horas por dia, me bate no peito

a voz da desistência, que me ameaça com a cara mais pálida
que há no mundo,
me dizendo coisas absurdas, mas que me são tão mais fáceis e acessíveis.
- Desista - ela diz.
Às vezes eu retruco, brigo com ela.
Outras tantas, sou eu quem chora baixinho.
Nó no peito, sorriso apertado,
o tempo passando feito um monte de areia escorrendo na palma da mão e,
você estancado, em cima do muro,
com medo de dar o passo.
Aí se olha pra trás
e vê o quanto a caminhada foi longa e as dores maiores ainda.
A voz da desilusão insiste em atravancar o caminho.
Estende um copo de dúvidas nas nossa frente.
Mas como nesse terreno da vida o que vale é o que a gente planta nele,
do nada, surge uma penca de girassóis e aponta um céu.
Um céu de escolhas felizes e tão mais claras.
Esses girassóis costumam chegar quando você menos espera.
Mas você sabe o momento em que eles chegam pelo cheiro de carinho no ar. Cheiro de abraço de amigo, colo de mãe.
Cheiro de bolo saindo do forno e passeio de domingo no parque.
É nessas horas que você percebe que Deus não desiste nunca.
E que ele sempre prepara surpresas risonhas pros nossos caminhos.
Mas pra você recebê-las terá de ter um coração aberto e tranquilo.
Por isso, quando chegar a hora de dormir,
não esqueça de acender a vela da fé,
aquela que mora no coração e que acende a alma.
A única vela que nos mostra o rumo.
Pe fábio de Melo

Um comentário:

Tata Santos disse...

Lindo demais esse texto...