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junho 29, 2010
junho 28, 2010
Sob o olhar
Subo no telhado tão rápida quanto um gato
alí quieta dá para contar o tempo
costuro meias de seda de cores pálidas
coloco água do café para ferver
arrasto móveis, mexo gavetas
espalho as estrelas guardadas há tanto tempo
(não perderam seu brilho)
reviro a mesa
espanto os males em um canto adormecido que
de tão longe sopra como um lamento
espio em direção as esquinas
espreito idas e vindas, altos e baixos
encontros e desencontros
observo a chuva que cai em gotas cintilantes
escorrendo frias nas vidraças dos arranha-céus
escuto gritos na noite, choro de criança
vida que nasce, vida que transforma
vida que dá sentido a outra vida
vida que se vai...
continuo costurando meias de seda...
penso no mês de fevereiro
penso no mar
trago em mim o sol
o esplendor da alma
a vontade de amar...
subo de novo no telhado
tão depressa quanto um gato vadio
Subo o telhado
para espiar...
(Lu Barros)
(Lu Barros)
junho 27, 2010
"Senhor, sei que estás aqui porque me amas sem igual"
Música: Como és lindo - Vida Reluz
Que bom Senhor,
vir ao teu encontro,
Poder chegar e adentrar à Tua casa
Sentar-me contigo e partilhar da mesma mesa.
Te olhar, Te tocar e Te dizer:
meu Deus, como És lindo!
Ó meu Senhor
sei que não sou nada
Sem merecer fizeste em mim tua morada
Mas ao receber-te perfeita comunhão se cria
Sou em Ti, És em mim.
Minh'alma diz: meu Deus,
como És lindo.
Que bom Senhor,
vir ao teu encontro,
Poder chegar e adentrar à Tua casa
Sentar-me contigo e partilhar da mesma mesa.
Te olhar, Te tocar e Te dizer:
meu Deus, como És lindo!
Ó meu Senhor
sei que não sou nada
Sem merecer fizeste em mim tua morada
Mas ao receber-te perfeita comunhão se cria
Sou em Ti, És em mim.
Minh'alma diz: meu Deus,
como És lindo.
junho 26, 2010
Amor.
Bolinhas de sabão.
O som de copos com água.
O som das gotas no chão.
Um sorriso tímido.
A música por trás dos ruídos.
Um coração encostado no outro.
Um ou dois para sempres.
Um avião nas mãos de um menino.
Um barquinho de papel.
Uma pipa atravessando as nuvens.
Uma sementeira de tulipas.
Um mingauzinho de aveia.
Um par de meias listradas.
Dois ou três cata-ventos.
Uma palavra inventada.
(Rita Apoena)
Bolinhas de sabão.
O som de copos com água.
O som das gotas no chão.
Um sorriso tímido.
A música por trás dos ruídos.
Um coração encostado no outro.
Um ou dois para sempres.
Um avião nas mãos de um menino.
Um barquinho de papel.
Uma pipa atravessando as nuvens.
Uma sementeira de tulipas.
Um mingauzinho de aveia.
Um par de meias listradas.
Dois ou três cata-ventos.
Uma palavra inventada.
(Rita Apoena)
junho 25, 2010
Ah, meu amor, as coisas são muito delicadas.
A gente pisa nelas com uma pata humana demais, com sentimentos demais.
Só a delicadeza da inocência ou só a delicadeza dos iniciados é que sente o seu gosto quase nulo.
Eu antes precisava de tempero para tudo,
e era assim que eu pulava por cima da coisa e sentia o gosto do tempero.
(Clarice Lispector)
A gente pisa nelas com uma pata humana demais, com sentimentos demais.
Só a delicadeza da inocência ou só a delicadeza dos iniciados é que sente o seu gosto quase nulo.
Eu antes precisava de tempero para tudo,
e era assim que eu pulava por cima da coisa e sentia o gosto do tempero.
(Clarice Lispector)
Para sempre
Umas flores...
Parceria
"Ficamos assim:
você joga as queixas no telhado,
eu ponho as manias de lado,
você lava a escadaria,
eu rego o jardim.
Podemos varrer juntos
as nódoas secas aderentes ao passado.
Se você se habilita, eu me disponho,
num desafio à desdita.
Você acende a luz,
eu desempeno o sonho,
enquanto você ensaia o passo,
eu troco a fita.
Na mesa torta, a toalha colorida.
O resto é fácil:
você joga as queixas no telhado,
eu ponho as manias de lado,
você lava a escadaria,
eu rego o jardim.
Podemos varrer juntos
as nódoas secas aderentes ao passado.
Se você se habilita, eu me disponho,
num desafio à desdita.
Você acende a luz,
eu desempeno o sonho,
enquanto você ensaia o passo,
eu troco a fita.
Na mesa torta, a toalha colorida.
O resto é fácil:
basta mandar flores ao futuro,
derrubar o muro e acreditar na vida. "
Flora Figueredo
derrubar o muro e acreditar na vida. "
Flora Figueredo
aparências
junho 23, 2010
Recebi esse comentário no post "O que andam comentando sobre Vitor Araújo - depois do show... FECAP - SP no orkut (agosto de 2009), fiquei tão feliz e emocionada que resolvi publicar aqui, afinal Vitão é meu sobrinho, conheço o seu imenso valor e vê-lo reconhecido por outros é muito gratificante, obrigada "Gigi" de todo coração.
Lindo ler... "Tenho um imenso amor por ele, pois sinto sua Virtude chegar em meu coração, a qualquer hora que escuto suas músicas...".
Beijos de luz para você..
1 comentários:
- Gostaria de dizer o que minha alma sentiu após ver o Vitor tocar na Casa Tom Jazz em São Paulo, em sua apresentação Paixão e Fúria (ou A Angústia)no último dia 02 de junho 2010 Desde o ano passado eu acompanho o trabalho deste lindooooo garoto. Comprei seu DVD TOC-TEATRO DE SANTA ISABEL E, AO TERMINAR O DVD, NÃO CONSEGUI CONTROLAR O EXTASE DE MINHA ALMA... Há poucas coisas que me fazem chorar ou me emocionar neste mundo: A morte de alguém, o sorriso estampado no rosto das pessoas que amo e, com certerza, desfrutar da presença viva e encantadora do Vitor no palco ao tocar no piano. É belíssimo!!!!!!!! Suas músicas tocam em minha alma e me despertam para um mundo íntimo e até então desconhecido... As lágrimas que caíram em minha face ao escutar Solídão, composição nova dele, não há como contar... Parece que eu me diluí no toque das canções e me envolvi com a presença e o dom do Vitor... Belíssimo espetáculo: Paixão e Fúria... Estarei nos próximos Atos... Tenho um imenso amor por ele, pois sinto sua Virtude chegar em meu coração, a qualquer hora que escuto suas músicas...
- Junho 05, 2010
Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete,
da Mongólia, do Japão e da China.
Eram homens serenos, comedidos,
Eram homens serenos, comedidos,
recolhidos, e em paz nos seus mantos cor de açafrão...
Em outro dia, eu observava o movimento do Aeroporto de São Paulo: a sala de espera estava cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado o seu café da manhã em casa; mas, como a companhia aérea oferecia outro café, todos comiam vorazmente.
Aquilo me fez refletir: "Qual dos dois modelos vistos por mim, até aqui, realmente produz felicidade?".
Passados alguns dias, encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: "Não foi à aula?". E ela me respondeu: "Não. Eu só tenho aula à tarde". Comemorei: "Que bom! Isto significa, então, que, de manhã, você pode brincar, ou dormir até mais tarde!...". "Não;", retrucou-me ela, "tenho tanta coisa a fazer, de manhã...". "Que tanta coisa?", perguntei. "Aulas de inglês; de balé; de pintura; piscina", e começou a elencar seu programa de garota robotizada.. .
Fiquei pensando: "Que pena! A Daniela não me disse: "Tenho aula de meditação".
Vê-se que estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas, emocionalmente infantilizados.
Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias!
Não tenho nada contra malhar o corpo... Mas, preocupo-me com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos. Alguns perguntaram "Como estava o defunto?". E outros responderão: "Olha..., uma maravilha, não tinha uma celulite!"...
Mas, como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?
Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação, porém, de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...
A palavra hoje é "entretenimento". Domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil, o apresentador; imbecil, quem vai lá e se apresenta no palco; imbecil, quem perde a tarde diante da telinha...
E como a publicidade não consegue vender felicidade, ela nos passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: "Se tomar este refrigerante, calçar este tênis, usar esta camisa, comprar este carro..., você chega lá!".
O problema é que, em geral, "não se chega"! Pois, quem cede a tantas propagandas desenvolve, de tal maneira, o seu desejo, que acaba precisando de um analista, ou de remédios. E quem, ao contrário, resiste, aumenta a sua neurose.
O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: a amizade, a auto-estima, e a ausência de estresse.
Mas, há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um Shopping Center. É curioso: a maioria dos Shoppings Centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles, não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de "missa de domingo". E ali dentro se sente uma sensação paradisíaca: não há mendigos, não há crianças de rua, não se vê sujeira pelas calçadas...
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno: aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se vários nichos: capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Mas, aquele que só pode comprar passando cheque pré-datado, ou a crédito, ou, ainda, entrando no "cheque especial", se sente no purgatório.
E pior: aquele que não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...
Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald...
Por tudo isto, costumo dizer aos balconistas que me cercam à porta das lojas, que estou, apenas, fazendo um "passeio socrático". E, diante de seus olhares espantados, explico: "Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:
"Estou, apenas, observando quantas coisas existem e das quais não preciso para ser feliz!"
(Frei Betto)
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junho 22, 2010
junho 21, 2010
Bordados de mim
junho 20, 2010
As fadas
Umas são moças e belas,
Outras, velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outras, à beira do mar...
Algumas em fonte fria
Escondem-se enquanto é dia,
Saem só ao escurecer...
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder..."
Antero de Quental
Outras, velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outras, à beira do mar...
Algumas em fonte fria
Escondem-se enquanto é dia,
Saem só ao escurecer...
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder..."
Antero de Quental
junho 18, 2010
junho 17, 2010
Meu jeito de dizer que te amo
Meu jeito de dizer que te amo é o céu estrelado,
a serenidade do sono depois do prazer satisfeito,
o amanhã que chega pelas frestas e pela janela,
pela soma da minha alegria com o teu sorriso.
***
Meu jeito de dizer que te amo é embrulhar os problemas
esfriar e apertar as dores,
sossegar tuas carências
e amar a beleza dos teus sentidos
***
Meu jeito de dizer que te amo é assim,
livre e consciente,
recaio sempre nos versos repletos de sabedoria e amor
cuja posse perco assim que os escrevo
abrindo-lhe a porta do meu destino.
***
Meu jeito de dizer que te amo é assim,
agradecendo aos céus,
às musas e aos anjos por permitirem
que teus lábios derramem seu mel em minha vida
***
Enquanto amo,
os sóis se acendem
os mares servem de teatro aos deuses submarinos
e os continentes consolam os meros mortais.
(Marcello Lopes)
(trechos) o texto na integra :http://alucinacoesamorosas.blogspot.com
junho 15, 2010
Sonho e amor
Sonho, a gente só se dá conta dele depois que acorda,
depois que ele acabou... E fica aquela vontade na gente
de sonhar mais um pouquinho.
Existem pessoas que são um sonho.
Um sonho pelo qual a gente dormiria a vida inteira.
Mas o destino vem e nos acorda violentamente...
E nos leva aquele sonho tão bom.
Existem pessoas que são estrelas.
Doces, luzes que enfeitam e iluminam
as noites escuras de nossas vidas.
Mas vem o amanhecer e nos rouba
com toda a sua claridade aquela estrela tão linda.
Existem pessoas que são flores.
Belezas discretas que alegram o nosso caminho.
Mas com o tempo, as flores murcham,
e nos enchem de saudade de sua cor e de seu perfume.
Existem, finalmente, as pessoas que são simplesmente amor.
Um amor doce como o mel de uma flor...
que desabrochou numa estrela
e que veio até nós num lindo sonho!
E ainda bem que são amor,
porque flores, estrelas ou sonhos,
mais cedo ou mais tarde, terminam...
mas o amor... O Amor não termina nunca.
( autoria desconhecida))
depois que ele acabou... E fica aquela vontade na gente
de sonhar mais um pouquinho.
Existem pessoas que são um sonho.
Um sonho pelo qual a gente dormiria a vida inteira.
Mas o destino vem e nos acorda violentamente...
E nos leva aquele sonho tão bom.
Existem pessoas que são estrelas.
Doces, luzes que enfeitam e iluminam
as noites escuras de nossas vidas.
Mas vem o amanhecer e nos rouba
com toda a sua claridade aquela estrela tão linda.
Existem pessoas que são flores.
Belezas discretas que alegram o nosso caminho.
Mas com o tempo, as flores murcham,
e nos enchem de saudade de sua cor e de seu perfume.
Existem, finalmente, as pessoas que são simplesmente amor.
Um amor doce como o mel de uma flor...
que desabrochou numa estrela
e que veio até nós num lindo sonho!
E ainda bem que são amor,
porque flores, estrelas ou sonhos,
mais cedo ou mais tarde, terminam...
mas o amor... O Amor não termina nunca.
( autoria desconhecida))
A Bola
Bola,
que rola,
fascina,
alucina,inebria.
Quem se importa,
com o mundo lá fora,
agora,
com guerra, com paz,
com sorte, com azar,
com vida,
ou com a morte?
No campo,
rainha absoluta,
dois times pura luta.
Na disputa, que batem,
na bola,
que rola,
que gira,
no ar,
até a rede balançar.
Felicidade, decepção, gol feito... gol perdido...
dois lados, diferentes destinos.
É Golllllllllllllllllll!
o povo berra, no jogo que encerra,
perdeu, ganhou, empatou.
Amanhã será outro dia, quem sabe alegria, hoje pão e circo, que fantasia!
(Rubiane)
Tempo verde e amarelo!
junho 14, 2010
Desmandamentos.
1. Ame a Vida sobre todas as coisas.
2. Não obedeça a ordens, exceto àquelas que venham do teu próprio coração.
3. A felicidade está dentro de você; não a procure em nenhum outro lugar.
4. O amor livre é a mais religiosa das orações.
5. O vazio é a única porta para a verdade.
6. A vida só existe aqui e agora.
7. Não corra: dance.
8. Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
9. Viva acordado, em todos os sentidos.
10. Pare de buscar: o que te pertence já é teu.
1. Ame a Vida sobre todas as coisas.
2. Não obedeça a ordens, exceto àquelas que venham do teu próprio coração.
3. A felicidade está dentro de você; não a procure em nenhum outro lugar.
4. O amor livre é a mais religiosa das orações.
5. O vazio é a única porta para a verdade.
6. A vida só existe aqui e agora.
7. Não corra: dance.
8. Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
9. Viva acordado, em todos os sentidos.
10. Pare de buscar: o que te pertence já é teu.
(Edson Marques)
junho 12, 2010
"A luz que acendes clareará o caminho não apenas para os teus pés,
mas igualmente para os viajores que seguem ao teu lado.
Assim como o fio de água influencia a terra por onde passa,
as tuas decisões inspiram as decisões alheias.
Milhares de olhos observam-te os passos,
milhares de ouvidos escutam-te a voz
e milhares de corações recebem-te os estímulos para o bem ou para o mal.
"Ninguém vive para si...".
Emmanuel
mas igualmente para os viajores que seguem ao teu lado.
Assim como o fio de água influencia a terra por onde passa,
as tuas decisões inspiram as decisões alheias.
Milhares de olhos observam-te os passos,
milhares de ouvidos escutam-te a voz
e milhares de corações recebem-te os estímulos para o bem ou para o mal.
"Ninguém vive para si...".
Emmanuel
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