E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, que és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:
E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina Lua!
Vinicius de Moraes.
Rio, 1938
Um comentário:
haha, que coincidênciia! Hg na escola, aprendi oq é soneto! e a profe falou de um poema lindo do Vinicus de Moraes! Fiquei doida atrás do poema, mas, fiquei sem tempo!
Bjoos.
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