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outubro 19, 2007

"Carta ao Vento"




Ele disse que eu escrevia
como o vento.
E tudo o que eu queria
era invadir sua alma,
impregná-la com minha presença,
tão suave e sutilmente
que ele nem se daria conta.
De uma maneira que ele pudesse
até esquecer meu nome,
mas que a lembrança de um vento
invadindo a alma
fosse tão indelével que não houvesse nem
mesmo como nomeá-la.
Queria que minhas palavras
ecoassem em seu coração
sem que importasse a autoria.
Sutil como um perfume
que sentimos de repente
e que nos transporta para um não sabemos onde,
nem quando...
Mas para algum lugar que nos enleva.
Quando os olhos se fecham querendo
resgatar aquele sentimento que invade...
Que simplesmente invade,
com um prazer sugerido,
deixando escapar um suspiro anônimo.
A visão de um rosto na multidão
que se perde em promessas
nunca cumpridas.
Você escreve como o vento.
Ele me disse.
(de autoria desconhecida)

Um comentário:

Anônimo disse...

Você invadiu portanto a minha alma!


Abraços, flores, estrelas..