(...) Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor de rosa,
da água do copo de água,
da água do cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.
Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.
Sabia da lama como de uma mucosa. (...)
Na paisagem do rio
difícil é saber onde começa o rio;
onde a lama começa no rio;
onde a terra começa da lama
onde o homem, onde a pele começa
da lama; onde começa o homem
naquele homem.
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