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julho 10, 2009

Retrato, por Lu Barros


Mente confusa
Neblina a visão que se turva
Recordações do que passou
De um tempo tão distante...
Já não se pode tocar
Só sentir.
Recordo os dias de verão, as noites de lua
Penso no que foi bom e no instante inacabado
Desejos diferentes,
Caminhos desiguais
Tudo é pouco, Tudo é nada
O minuto indefinido.

Restam as marcas tatuadas na alma
Promessas inscritas agora sem sentido,
Perdidas na peça da vida.

Percebo o tempo que se finda
Fio da navalha que corta
Que rasga o coração
Que sangra.

Recolho as lágrimas que por instantes
Insistem em quedar o rosto
Recôndito do instante triste
Retrato do passado
Agora tão distante.

Por Lu Barros, dedicado a N.B.

Um comentário:

Anônimo disse...

obrigada!

Nesta minha intimidade apenas meu Criador que sabe o que passa em minha existência e a falta deste inacabado que ficou em mim...

virou poesia.....
NB