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janeiro 12, 2008

METADE, por Eluza Barros

Metade de mim é razão
a outra é sensibilidade,
metade é paixão, chama que arde,
fogo que queima,
a outra é paz que acalma,
incenso que perfuma a alma,
devoção que alimenta, amor que persiste,
água que purifica

metade de mim é ternura
a outra é loucura,
metade experimenta,
seduz, enfeitiça,
me faz mulher,
docilmente submissa,
feminina,
metade me leva por seus caminhos,
a outra percorre os meus,
metade se esvazia para eu ser inteira,
esgota-se para me tomar

metade sangra outra cura,
metade fere outra perdoa,
metade me torna bela,
elegante,
me alegra e faz feliz,
metade divide dias felizes com minhas noites de dor,
Chora para a outra sorrir,

Cala para a outra ouvir,
porque metade de mim anda, fala, come

metade é cor, luz e magia,
metade tem sabor de desejo
e cheiro de alecrim,
metade dança, canta,
se faz menino para me encantar,
metade é chuva
a outra metade é sol,
de um lado primavera
do outro outono

metade se faz berço para eu dormir e
noite para embalar meus sonhos.
Metade
minha cara metade,
meu outro lado
meu eu completo
meu todo.
Que nome você tem?

(republicando esta postagem atendendo a pedido de um amigo muito especial).

3 comentários:

Anônimo disse...

Eluza,


um poema tão belo, que dá até vontade de ser uma das tuas metades...



Abraços, flores, estrelas..

ME ENCONTREI EM JESUS disse...

è pura sensibilidade, dentro das metades...
Sem uma, outra não existe...
Simplesmente se completam!!!!

Lindo, LIndo, Lindo...

Sempre em frente...

Valter Gomes

Carlos Eduardo Teixeira C disse...

Que belo, Eluza!
Já comentei lá no overmundo, mas comento novamente. Acho até que você poderia ter colocado lá essa mesma imagem que usou aqui. Deu um toque a mais ao poema. Muito bom!
Abração!