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junho 12, 2007

Um menino... Um piano...




Lizt, agora, o brilhante; o piano arde..

Beijos alados...ecos de fanfarras..


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Pétalas dos teus dedos feitos garras..
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Como cai em pó de oiro o ar da tarde!.
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..( in Florbela Espanca, SONETO)



No silêncio de fim de tarde de um domingo, entre paredes luxuosas de uma sala neoclássica no andar de cima do Teatro Santa Isabel, a luz do crepúsculo por entre as frestas da janela sob o piano, por ele debruçado, um menino de inegável talento dedilhava harmonicamente melodias que encantavam a platéia.
No ar a sonoridade acústica do piano enchia o lugar com músicas eruditas acompanhadas com pequenos toques personalizados nos arranjos em algumas músicas apresentadas.
Harmonia de notas musicais suficiente para fechar os olhos e experimentar o sabor de Luiza (Tom Jobim), Asa Branca (Luiz Gonzaga), Bachianas n.4 (Villa Lobos), Dança do Índio Branco (Villa Lobos), entre outras.
Vale a pena ver o vídeo aqui exibido e conferir Vitor Araujo, que aos 17 anos tem encantado e conquistado os apreciadores da boa musica.




"a arte é pura em sua essência, não me preocupo com que os "entendidos" acham, a força de elo entre arte - público é mais forte do que caminhos pré-fabricados". (Vitor Araújo)

“O intérprete também é artista. E não existe arte sem criação” (Vitor Araújo)

Refinamento precoce

Não é de hoje que Vitor Araújo assombra os músicos do Recife com sua habilidade ao piano. Aos 11 anos e apenas dois semestres de estudos no instrumento, executou Invenção a duas vozes número 2, de Bach, e conseguiu ser indicado para representar o Conservatório Pernambucano de Música no concurso da Fundação Magda Tagliaferro, em São Paulo, o maior do país. Lá, obteve a segunda menção honrosa para pianistas de sua idade e começou a chamar atenção no meio. O episódio é relevante. A obra do compositor alemão Johann Sebastian Bach é considerada das mais profundas e sofisticadas da música erudita. Não costuma ser apropriada a novatos. Quando a executou, Araújo havia lido a partitura e praticado algumas vezes. Para espanto geral, demonstrava técnica refinada. Normal seria que o fizesse “caçando borboletas”, como os músicos se referem ao modo de procurar as teclas do piano quando ainda não se tem domínio sobre elas. Mas não foi só isso. Na época, a seleção dos jovens pianistas do conservatório ficou a cargo de Eliana Caldas, a mais consagrada especialista no instrumento em Pernambuco. Na audição, Araújo “pulou” algumas frases da partitura. Caldas perguntou o motivo. Ele respondeu: “Essa música foi escrita para cravo. Minha professora aconselhou a não tentar fazer as variações no piano.” “Mas você sabe?”, questionou Eliana. “Sei sim”, o garoto retrucou. E tocou a obra completa. Queixos caíram no auditório. No início do ano, Araújo foi admitido na Faculdade de Música da Universidade Federal de Pernambuco. Passou em primeiro lugar no vestibular. E, quase como um mantra, repete o argumento com o qual se defende das acusações de subversão musical: “O intérprete também é artista. E não existe arte sem criação”. (matéria publicada no Correio Brasiliense em 22 de março de 2007 - caderno cultura, jornalista Ugo Braga).




3 comentários:

Noronha a Dois por Naná Diniz e Pati Dias Cerimonial & Assessoria para casais disse...

Nosso Vitão é MARAVILHOSO.
Esta lindo Ua, ele merece e vc tb é uma grande artista, vc tb é MARAVILHOSA! SEU BLOG É SHOW!

Anônimo disse...

Gosto muito de meninos com seus pianos!

ME ENCONTREI EM JESUS disse...

Eluza, minha linda, fostes buscar Vitor este nosso artista... maravilhoso... muito bom....

Valter Gomes